Justiça
Ataques contra igrejas e
represálias deixam 34 mortos na Nigéria
Lagos, 17
jun (EFE).- Pelo menos 34 pessoas morreram neste domingo no norte da Nigéria
como resultado dos atentados suicidas cometidos contra três igrejas cristãs no
estado de Kaduna e os atos de represália cometidos após os ataques, confirmaram
fontes de hospitais.
Dessas
vítimas, 23 morreram nos atentados e 11 perderam a vida em ataques de jovens
cristãos que saíram às ruas armados com facões e garrotes para se vingar,
indicaram fontes de três hospitais citadas pelo jornal local 'Daily Trust'.
Além
disso, mais de 150 pessoas ficaram feridas nas fortes explosões provocadas
pelos terroristas suicidas, que detonaram veículos carregados com explosivos.
As
explosões atingiram três igrejas: duas nos bairros de Wusasa e Sabon Gary, na
cidade de Zaria; e uma terceira a cerca de 60 quilômetros, na cidade de Kaduna,
capital do estado homônimo.
Aparentemente,
duas igrejas mais foram atacadas no mesmo estado, informaram alguns meios de
comunicação, mas as autoridades ainda não se pronunciaram sobre esses fatos.
Também
não foram divulgados até agora dados de hospitais privados, o que leva a crer
em um número de vítimas ainda mais elevado, destacou o 'Daily Trust'.
O governo
de Kaduna decretou toque de recolher de 24 horas em todo o estado, cujo
governador, Patrick Yakowa, deve fazer um discurso televisionado ao povo nas
próximas horas, informou a agência de notícias oficial nigeriana 'NAN'.
Embora
não se saiba ainda a causa das explosões, as suspeitas recaem sobre o grupo
radical islamita Boko Haram, que cometeu nos últimos meses vários atentados
contra templos cristãos na Nigéria.
O Boko
Haram, nome que significa 'a educação não islâmica é pecado', assumiu a autoria
dos atentados cometidos há uma semana contra duas igrejas, uma em Jos e outra
em Bui, fatos que causaram pelo menos cinco mortes.
O
movimento radical luta para impor a lei islâmica na Nigéria, de maioria
muçulmana no norte e cristã no sul. Desde o início de sua campanha violenta em
2009, quando o fundador do grupo, Mohammed Yousef, morreu sob custódia
policial, o Boko Haram matou cerca de 1,2 mil pessoas, a maioria em ataques no
norte da Nigéria, segundo o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas
nigerianas, Oluseyi Petinrin.
Com cerca de 170 milhões de habitantes
integrados em mais de 200 grupos tribais, a Nigéria - país mais populoso da
África - sofre várias tensões por suas profundas divergências políticas,
religiosas e territoriais.Fonte: EFE.
Edição: 0007.026
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