Casa ou hospital?
Mulheres defendem o direito de parir em casa, enquanto médicos alertam para os riscos de morte por complicaçõesredacao@folhauniversal.com.br
Milhares de mulheres tomaram as ruas, nos últimos dias 16 e 17, em ao menos 21 cidades brasileiras, incluindo as capitais e o Distrito Federal, para protestar a favor do direito de escolher a posição e o local do próprio parto: em casa ou no hospital. Com o slogan "Não pedimos o seu conselho! Vamos parir onde quisermos com a ajuda de quem escolhemos", a Marcha do Parto em Casa surgiu após o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) fazer uma denúncia ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) contra o obstetra Jorge Francisco Kuhn, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que defende o parto domiciliar para grávidas de baixíssimo risco. O interesse no assunto é tanto que, na internet, um vídeo que compilou 14 minutos de um parto domiciliar que durou cerca de 9 horas já foi visto por mais de 2,5 milhões de pessoas.
"O objetivo da marcha é fazer com que a mulher tenha o direito de tomar decisões sobre o próprio parto. A principal defesa é chamar a atenção para a importância da humanização do nascimento, considerando a mulher como protagonista desse processo", diz Ingrid Oliveira Lotfi, fundadora do movimento Parto do Princípio e uma das porta-vozes da marcha. Segundo ela, estima-se que cerca de 5 mil mulheres tenham ido às ruas. O movimento também defende melhorias na assistência neonatal e denuncia os altos índices de cesarianas no País. "Hoje, a mulher segue apenas as recomendações médicas, sem dizer quais são os seus desejos. Os nascimentos entraram num processo de linha de produção", completa.
Fonte: folha universal (IURD)
Fonte: folha universal (IURD)
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